Terapia da Liberdade ou Terapia Espiritual Integrada (TEI)
Talvez a pessoa em quem mais se note uma mudança dos pés à cabeça.
Quando a atendi pela primeira vez era ainda muito séria. Sofrida. Austera. Sem adornos. Cabelo grisalho apanhado num rabo de cavalo. Calças de ganga e ténis. Lembro-me até de reparar nos ténis porque de certa forma evidenciavam uma descontracção que eu não estava a encontrar na postura dela. Lembro-me perfeitamente desse dia porque me impressionou bastante a expressão que ela usou: “conversão”. Disse que com a leitura dos livros da Alexandra se tinha convertido.
A história de vida era brutal. De facto parecia que nunca tinha havido alegria ou felicidade. Só sofrimento.
Começamos as terapias e ao mesmo tempo surgiu uma empatia. Uma cumplicidade.
Foi visitando as vidas que estavam na origem dos seus maiores bloqueios emocionais que por sua vez lhe bloqueavam a vida. E começou a desatar os nós que a mantinham presa a uma postura de submissão, e a uma crença de que não era merecedora de outra coisa.
E fui observando a forma como ia mudando. A um ritmo verdadeiramente surpreendente.
Conhecer a sua Essência, ou seja, conhecer quem é de verdade, quem é em energia, provocou mudanças radicais.
Deixou o trabalho onde estava porque pura e simplesmente já não se identificava minimamente com o que estava a fazer. E também porque já não se permitia ser subjugada.
Começou a dedicar-se àquilo de que realmente gostava.
Começou também a aprender viola.
A maneira de vestir mudou completamente. Como é que vou explicar? …Agora usa todo o tipo de adereços femininos. Fitas ou flores no cabelo, brincos compridos. As vezes luvas sem dedos…um misto de modernidade e romantismo. Manda transformar peças que compra e coloca aplicações que as tornam verdadeiramente originais. Chega a aplicar brincos em botas. Já não tem medo de não agradar. Já não tem medo de não corresponder ao que esperam dela. Usa aquilo de gosta e com que se sente bem. E porque já se sente alegre.
Há dias reparou que eu estava admirar um dos seus lindos anéis, tirou-o do dedo e ofereceu-me. Emocionamo-nos as duas. Pelo carinho que sentimos no gesto espontâneo.
Surpreendeu-me de verdade quando me contou que andava com uma bola de basquete na mala do carro e quando via um campo de jogo nalgum jardim público parava, tirava o casaco e ia encestar….!!!???....
Apaixonou-se. Tem viajado por todo o mundo.
Respeita-se ao ponto de decidir viajar sozinha para onde lhe apetece. E tenta fazer isso mesmo quando não lhe apetece tanto, para não ficar tão dependente de quem fica.
Parabéns.
Olinda Molar
Terapeuta do Projecto Alexandra Solnado
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