A primeira frase que Sua Santidade o Dalai Lama disse, na primeira conferência que ele deu quando veio a Portugal, foi “A realidade é só uma, o que muda são as várias maneiras dos homens olharem para essa mesma realidade”. Então qual é o filtro que cada pessoa tem para olhar para a realidade? Se a realidade é só uma e se todos conseguimos olhar para ela de forma diferente... o que é um filtro?
Um filtro é uma memória kármica, é uma memória de (...)
Nós trabalhamos para ter o que amamos ou trabalhamos para amar o que temos? Como vão ver a diferença é brutal.
Quando trabalhamos para ter o que amamos, trabalhamos na dimensão mental, isto é, traçamos os nossos objectivos, objectivos de vida ou de pessoas - queremos ter aquela pessoa ou queremos ter aquele emprego ou aquela circunstância ou aquela casa, o que for - e então a pessoa trabalha a vida inteira para ter o que ama, o que é egóico – eu QUERO ter.
Todas as coisas têm o seu fim. Todas as coisas têm um tempo de existir, e depois tudo acaba. Há poucas hipóteses no mundo de uma coisa durar para sempre. Correr atrás de algo que já passou é morrer um pouco todos os dias. A natureza é feita de mutação.
Enquanto estás viva ou tens um corpo, as tuas células estão em constante mudança. As marés não param de mudar, a gravidade também muda. Porque é que os homens se agarram tanto (...)
Tudo tem um tempo na nossa vida. Cada evento, situação, expectativa, esperança, até relações pessoais, tudo, tudo, tem um tempo na nossa vida e há alturas em que por mais que nós queiramos que as coisas aconteçam, já não é o tempo delas. E ficamos a insistir numa coisa que já não está no tempo de estar na nossa vida, mas ficamos ali.
O mais curioso é que no tempo em que ficamos ali, não estamos a abrirmo-nos para o que estaria no tempo de acontecer. Isto (...)